Acompanhamos a diversidade do mundo contemporâneo e cosmopolita. Por isso, criamos um espaço de divulgação para além do mercado imobiliário. Um ambiente digital para explorar temas ligados à arquitetura, arte, cultura, gastronomia, design e estilo de vida, viagens, entrevistas exclusivas, agenda, dicas, empreendedorismo, sustentabilidade e tecnologia.

Seja bem vindo ao Portal e Revista LiV!

Entre em Contato

Endereço

Ed. Metropolitan Tower - R. dos Mundurucus, 3100 - Cremação, Belém - PA

Telefone

+55 (91) 4005-6800
Carregando clima...
Carregando bolsa...
Exposição ‘Um rio não existe sozinho’ propõe diálogo entre arte e meio ambiente em Belém

“Um rio não existe sozinho” é o nome da exposição que marca a retomada da visitação pública ao Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, neste mês de outubro. O projeto criado e desenvolvido pelo Instituto Tomie Ohtake é um dos vários eventos que acontecem no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e que terão o Museu Goeldi como instituição anfitriã, realizadora ou parceira.


As intervenções artísticas estarão distribuídas em 10 espaços e serão integradas aos 5,4 hectares de área da coleção viva do MPEG (formada, principalmente, por exemplares da flora e da fauna amazônica). Os visitantes podem visitar a exposição até o dia 30 de dezembro, de quarta a domingo, das 9h às 16h. A entrada no Museu Goeldi custa R$ 3,00.


Exposição adaptada e visita guiada - A mostra coletiva reúne nove artistas de diferentes regiões do Brasil e um escritório de arquitetura, e o Parque é matéria viva, ponto de partida e inspiração. Todas as obras são site specific, concebidas em diálogo direto com o ecossistema local, respeitando sua delicada dinâmica e propondo uma convivência sensível com seus ritmos, sons, cheiros e presenças. Diferente de um espaço expositivo convencional, cada trabalho precisou se adaptar às condições do ambiente, respeitando a fauna livre, a vegetação e a história da base mais popular do Museu (o Parque Zoobotânico) que completou 130 anos de existência. 




Os artistas e suas obras:


Sallisa Rosa (GO) - Atua com a arte como caminho a partir de experiências intuitivas ligadas à ficção, ao território e à natureza. Apresenta A terra esculpe a água, instalação em barro que evoca a relação ancestral entre terra e água e reforça a urgência de cuidar das águas que conectam todo o planeta.


Rafael Segatto (ES) - Artista multidisciplinar e também trabalhador do mar. Articula suas investigações entre o domínio continental e o marítimo. Apresenta Enquanto correm as águas, instalação que combina remos e cores simbólicas para traçar uma cartografia poética das memórias, espiritualidades e navegações. 


PV Dias (PA) - Natural de Belém, sua pesquisa concentra-se na estruturação das imagens de um território e nas suas possíveis rupturas. Apresenta Paisagens commodities, projeção em video mapping que revela os rastros da destruição ambiental na paisagem amazônica, sobrepondo imagens do acervo do Museu Goeldi com registros atuais.


Noara Quintana (SC) - Artista visual. Suas instalações e esculturas apontam para trocas econômicas, formas arquitetônicas e narrativas contrárias ao legado de um imaginário colonial. Apresenta Tela d’água, uma recriação de espécies ameaçadas a partir de registros históricos, apontando para a fragilidade do ecossistema.


Elaine Arruda (PA) - Artista visual, professora e pesquisadora. Sua produção ocupa primordialmente o campo da gravura, mas em uma escala monumental. Apresenta Entoar o vento e dançar marés, instalação que atravessa memórias femininas e ancestrais para refletir sobre o tempo, as águas e as travessias da vida.


Mari Nagem (MG) - Artista interdisciplinar que investiga as transformações do meio através da tecnologia, os estados emocionais na era digital e a artificialidade das paisagens. Apresenta 41°C, obra que transforma dados científicos sobre a seca histórica de 2023 no Lago Tefé em paisagens térmicas que alertam para a urgência da crise climática. 


Gustavo Caboco (RR/PR) - Do povo Wapichana, sua produção artística se desdobra nas áreas das artes visuais, cinema e literatura. Apresenta Casa de bicho e Antibatismo: Victoria Regia, instalações que afirmam a memória e a permanência indígena enquanto questionam as violências coloniais inscritas na Amazônia.


Déba Tacana (RO) - Artista Visual, pesquisadora e professora. Tem ascendência indígena e cigana e investiga a matéria cerâmica. Apresenta Luz que Ança, instalação em cerâmica e vidro fundido que conecta ancestralidade e futuro para refletir sobre a crise climática e os direitos humanos.


Francelino Mesquita (PA) - Artista visual que trabalha as poéticas dos rios, fauna, flora e vida cotidiana em confluência com a maior floresta tropical do mundo. Apresenta as instalações Proteja-me e Proteção ambiental, propondo um ativismo visual com miriti e outros materiais naturais que evocam saberes ancestrais e alertam para a urgência da preservação da Floresta Amazônica.


Estúdio Flume - Fundado em 2015 pelos arquitetos Christian Teshirogi e Noelia Monteiro, o escritório se consolidou por tratar a arquitetura como ferramenta de impacto social, com projetos que fortalecem comunidades rurais e tradicionais. Entre eles, destacam-se o Centro de Referência das Quebradeiras de Babaçu (MA) e a Casa do Mel (PA), reconhecidos nacional e internacionalmente por aliar sustentabilidade, saberes locais e desenvolvimento comunitário.