CBF lança programa de sustentabilidade durante COP 30

Na última semana, durante a programação da COP 30, em Belém, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou oficialmente o “CBF Impacta”, um programa que marca o início de uma nova fase para o futebol brasileiro, mais sustentável, mais social e mais responsável. A iniciativa usa a força e o alcance do futebol como ferramenta de transformação, definindo metas e ações para que a CBF assuma, nos próximos anos, um papel de destaque mundial em sustentabilidade dentro do esporte mais popular do planeta.

O lançamento chamou a atenção tanto do público brasileiro quanto de visitantes internacionais presentes na conferência, além de autoridades. O programa organiza as ações da entidade em três grandes áreas, chamadas de Zonas de Impacto, todas alinhadas aos pilares ESG: Ambiental, Social e Governança.

Na Zona de Impacto Ambiental, o grande objetivo é ambicioso, fazer da CBF a primeira confederação de futebol do mundo a alcançar a neutralidade total de carbono. Entre as medidas previstas estão reduzir e compensar emissões, ampliar o uso de energia limpa, economizar água, reaproveitar resíduos e implementar uma agenda de economia circular nas competições nacionais, tudo com inventários auditados e compensações certificadas.

De acordo com Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF, o projeto se apoia na capacidade única que o futebol tem de influenciar pessoas em diferentes contextos. “O futebol atravessa todas as bolhas e está presente em todas as camadas da sociedade. É o maior influenciador do mundo. A CBF entende seu tamanho, sua relevância e sua responsabilidade nos pilares ESG, e precisa assumir uma posição de liderança neste momento”, afirmou.

Na Zona de Impacto Social, a entidade vai colocar em prática a Estratégia Nacional do Futebol de Base, focada em fortalecer a formação de jovens atletas no país. A ideia é ampliar o número de competições e criar uma trajetória de desenvolvimento que valorize não só o desempenho esportivo, mas também a formação humana, inclusive para aqueles que não seguirão carreira profissional.

“Queremos que os jovens que passam pelo futebol de base encontrem mais oportunidades de desenvolvimento, tanto dentro quanto fora de campo. Nosso compromisso é fazer com que saiam melhores do que chegaram, independentemente de se tornarem atletas profissionais”, destacou Gluck Paul.

Já na Zona de Impacto de Governança, a CBF se prepara para apresentar o Sistema de Sustentabilidade Financeira (Fair Play), que será divulgado no próximo dia 26, durante o Summit CBF Academy. Esse modelo de Fair Play Financeiro está sendo finalizado após uma construção coletiva com clubes, federações e especialistas independentes, e deverá estabelecer regras de responsabilidade econômica e padrões de transparência para fortalecer a gestão do futebol brasileiro.